LITURGIA
Termo provindo do grego que tem sentido de: ação do povo, em favor do povo; realizada na igreja e pela igreja, para santificação do homem e a glorificação de Deus. Jesus é o liturgo por excelência: é altar e oferenda, vítima e holocausto, está a serviço da glorificação de Deus e da santificação do homem.
A igreja evangélica brasileira tem como herança histórica, basicamente, duas vertentes litúrgicas: a tradicional e a pentecostal. Aqueles que vieram de uma experiência tradicional vivenciaram uma liturgia mais fixa, em que o culto possuía um roteiro previamente orientado nos mínimos detalhes, de forma que já se podia prever o que aconteceria em cada ato da reunião. Por outro lado, a herança carismática e pentecostal sempre apresentou uma ordem mais espontânea de culto, com cânticos mais ritmados, com palmas e expressões corporais.
- A liturgia de sua igreja local está mais ligada: a vida, a memória histórica ou ao momento histórico?
- Como fazer a união entre a liturgia e a vida?
- Que iniciativas podem tornar mais familiar e festiva nossa liturgia?
O CAMINHO DA LITURGIA
A história da liturgia se divide em três períodos, a saber:
- Origem até o Concílio de Trento (1546) – É o período da “Improvisação”, onde os cantos são os Salmos, as comunidades não têm templo, as fórmulas litúrgicas não são fixas. Os formulários litúrgicos começam na segunda metade do século IV (ano 350). A evolução das liturgias são feitas mais por importações do que por criação original. Vale ressaltar que a igreja colocou o natal em 25 de dezembro para se opor a festa do deus sol, mostrando que Jesus é o sol da justiça.
- De Trento (1546) ao Concílio Vaticano II (1546-1962/65) – É o período da “Codificação”, para se chegar a uniformidade na celebração. Em 1903 o papa Pio X enfatiza uma maior participação ativa de todos os fiéis na celebração litúrgica.
- Do Vaticano II (1965) até hoje – É o período da “Reforma litúrgica”, onde é feita uma contextualização da liturgia de acordo com a nação a celebrá-la; cai a partir daí o culto celebrado somente em latim, usando-se a língua nativa.
- Por que a liturgia foi ficando cada vez mais do Clero (líderes religiosos) e menos do povo?
SÍMBOLOS LITURGICOS
Comunicamos-nos usando palavras, gestos e símbolos, e quanto mais simbólicas forem as ações litúrgicas tanto mais assumirão a sua dimensão litúrgica. Entre os símbolos cristãos mais comumente usados estão: o Pão (corpo de Cristo), o vinho (sangue de Cristo), a água (batismo), o óleo (unção no Espírito Santo), as mãos (transmissão de benção ou missão), o incenso (meditação ou oração), o fogo (ação de Deus) e a cruz (maldição, vitória ou ressurreição).
- Que outros símbolos tem sido usados nos dias de hoje, nas igrejas evangélicas?
MÚSICA SACRA
Além dos Salmos (grego Salmoi = Poemas cantados) temos na Bíblia vários cânticos, tais como: de Miriã, de Moisés, de Ana, de Maria, de Zacarias e de Simeão. Graças ao canto, a oração se exprime com mais suavidade e mais claramente se manifesta o mistério da liturgia.
O canto Gregoriano, considerado modelo de música sacra, foi criado pelo papa beneditino, São Gregório Magno. Foi por volta do ano 1000 que outro monge beneditino, Guido D’Arrezo, inventou a pauta e as notas musicais, dando início a música moderna.
O som dos instrumentos jamais deverá cobrir as vozes, de sorte que dificulte a compreensão dos textos, cantados ou falados. As músicas precisam evidenciar o sentido dos ritos e da ação litúrgica; nisto estão incluídas as danças. A igreja, porém, admite no culto divino, todas as formas de verdadeira arte, contando que estejam dotadas das devidas qualidades.
- Quais são os nossos critérios de seleção dos cantos litúrgicos? E qual deveria ser nossa 1ª preocupação?
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