quinta-feira, 29 de julho de 2010

MISSÕES

O termo missões vem do latim MITTERE e denota “enviar” ou “mandar”; no dicionário vem definido como “função ou poder que se confere a alguém para fazer algo, encargo, incumbência”. O Pai enviou o Filho e o Filho nos enviou, com o poder do Espírito Santo: “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.” O Eterno não é um mero assistente da história, Ele é o protagonista dela. Para intervir na história Ele usa homens e mulheres (missionários); somos desafiados a perceber o que o Senhor está fazendo no mundo e de que maneira Ele nos permite ajudá-lo.

Vamos iniciar nosso estudo sobre missões, com um resumo da história missionária no Brasil; sabendo de antemão que o período compreendido entre o século XVI e o XIX, foi o período Católico Apostólico Romano; o Século XIX foi Protestante; o século XX foi Pentecostal e o nosso século XXI é de predominância Neopentecostal.

Villegaignon, o da invasão francesa, (ora católico ora protestante) por volta de 1556, 38 anos após a reforma protestante, 6 anos após a chegada dos jesuítas no Brasil, celebra o primeiro culto protestante (protestantismo ainda meio católico, como Luterano ou anglicano). Nesta época o número de escravos e o de missionários católicos crescia na mesma proporção, embora a igreja não tenha levantado, satisfatoriamente, sua voz contra essa loucura econômica.

Pregadores evangélicos, em caráter missionário, só chegaram ao Brasil por volta de 1850, apesar das Bíblias terem chegado 40 anos antes. O primeiro missionário, Robert Kalley (Igreja Congregacional), foi quem impulsionou o surgimento do nosso grupo, denominado, Irmãos Unidos, em 1878. Vale ressaltar que em todos os tempos até hoje, as mulheres são maioria no campo missionário.

Os missionários evangélicos do século XIX foram beneficiados pela pré evangelização Católica Romana nos 300 anos anteriores, apesar de centenas deles, esposas e filhos terem morrido de febre amarela e por conta da viuvez, tiveram seus ministérios em tempos bem curtos. Os missionários pentecostais também foram tremendamente beneficiados pelos evangélicos, 55 anos antes.

Com o avivamento pentecostal norte americano (1910), ocorrido na Missão da Fé Apostólica (Igreja da Rua Azuza), surgi em 1918 a igreja Assembléia de Deus, que pregava não só a salvação em Cristo Jesus, mas também o batismo com o Espírito Santo (ênfase no falar em línguas estranhas).

Em 1967 nasce o movimento pentecostal na igreja Católica, pouco tempo depois denominada de Renovação Carismática Católica (RCC); e em 1978 foi fundada a comunidade Canção Nova, hoje com grande expansão na mídia, através do rádio e canal de televisão próprio.

Em 1977 saindo da igreja de Nova Vida no bairro Botafogo-RJ, Edir Macedo e R.R. Soares (cunhado) fundam a igreja da Benção, que 1 ano após passa a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Mais tarde R.R. Soares e Miguel Ângelo saem e fundam a igreja Internacional da Graça de Deus e a igreja Cristo Vive, respectivamente; começa a surgir a partir daí o movimento Neopentecostal ou Novo Pentecostalismo.

O século XXI ainda está no início e não sabemos o que será dele, porém o engajamento das classes média e alta, com seus diversos grupos e tribos nas igrejas evangélicas, apontam para um novo momento histórico, talvez Pós-pentecostalismo ou outro nome mais agradável. Quer apostar em algum nome?

Nenhum comentário:

Postar um comentário