Pelo fato de ainda estarmos em um corpo
corruptível, temos que, em todo tempo, vigiar para que de maneira alguma
venhamos cair, pois "o que está de pé, veja que não caia"; mas se
cairmos temos advogado diante do Pai, além de um lugar de terapia, chamado
igreja. (hospedaria na parábola do bom samaritano.)
O
grande problema reside na forma como o tratamento tem sido realizado, que na
sua maioria parece tratamento de estado terminal, ou seja, tratamentos
meramente paliativos. Tratamentos estes que não resolvem, não curam. Alguns
irmãos ficam sem entender como pode alguém ser perdoado, cuidado e mesmo assim
voltar a cometer os mesmos erros. São muitos os casos entre nós.
Quando
alguém próximo de nós adoece e precisa passar por um tratamento, queremos acompanhar
essa pessoa. Dormimos no hospital com ela, sabemos como está passando, o que
realmente está acontecendo, estamos ao seu lado, porém quem está tratando é a
equipe de saúde. Muitas igrejas acompanham a pessoa que está doente, entretanto
não acontece tratamento algum, pois o acompanhante sabe de tudo, mas não é Ele
quem medica.
Precisamos
tratar (como o hospedeiro da parábola do bom samaritano) e não somente
acompanhar, pois o mentiroso não deixa de sê-lo porque confessou seu pecado; o
adúltero não deixa de sê-lo, nem o lascivo ou o que fornica (que geralmente não
confessa, simplesmente declara, pois não tem mais como negar). Ninguém sai da
areia movediça que entrou sem algum tipo de apoio.
Quando
alguém comete um delito e comparece para ser julgado, não sai de lá sem saber:
o nome do erro que cometeu, o tipo de disciplina que levará e o tempo pelo qual
a levará. Não consigo entender como alguém que entra em disciplina (para seu
próprio bem, pois "a disciplina no início parece ruim") não tem
descrito para si os nomes das coisas que cometeu pelos seus atos, que
TRATAMENTO terá (repreensão, exortação, ensino, afastamento de cargos, presença
em todas as reuniões, desligamento - geralmente ouvimos "estamos
acompanhando") e até quando está em disciplina (até terminar o
aconselhamento, 6 meses, tempo indeterminado,etc.)
Existem
tratamentos que precisam ser bem específicos, retirando do disciplinado uma
liberdade que até então ele(a) usufruía, e assim verificar até que ponto está
disposto a ser realmente tratado e não somente acompanhado. Muitas vezes para
curarmos determinadas feridas temos que arrancar cascas, pele, carne, dar
injeções e ingerir remédios bastante amargos, sem os quais nunca ficaremos
realmente sarados; contaminando até os que nos rodeiam.
"O profeta Natã disse: Davi esse homem é você"
Os líderes
atuais tem desempenhado suas funções em nível Ruim, Regular, Bom ou Ótimo? Por
quê?
É justo que o doente saiba para que toma o remédio é em quanto tempo "poderá" ficar curado.
ResponderExcluirJoão Alexandre.
No quesito disciplina o nível é péssimo. Na ética denominacional como um todo, acredito que é razoável.
ResponderExcluirO porque é meio difícil, pois só sabemos dos problemas quando eles estouram, quando são com pessoas ligadas a ministérios regionais (e não somente dentro da igreja), e vemos que a maioria das vezes a pessoa é afastada ("disciplinada") e acaba saindo da comunidade; algumas retornam anos depois, a maioria das vezes com os mesmos problemas.
A "disciplina" deve ser vista como um acompanhamento, uma correção, um ensino metódico. Contudo, na maioria das vezes, se torna uma punição e não traz nenhuma cura. Sem dúvida, a liderança desempenha um papel fundamental nesta questão e o "nível" dessa abordagem estará relacionado com o tempo que dedicam ao tratamento.
ResponderExcluirPercebo que a questão da disciplina existem equívocos dos dois lados.
ResponderExcluirHá a falta de acompanhamento por parte da liderança, mas também há o total desinteresse de quem cometeu erros em acatar a correção. Estamos numa época que não há a menor submissão à quem exorta ou corrige.
Todo medicamento e receitável seguido de uma recomendação e se possível exames que deveram ser realizados para se ter ideia ou para saber se o remédio (que receitamos - disciplina) e assim podemos dizer estar apto o doente ao retorno de uma vida saldável e eficaz no corpo e na Igreja. Precisa de um bom acompanhamento.
ResponderExcluirAo receber a receita do medico que esta tratando o paciente(membro) sabe o tempo e como fazer para se ter a alta do período que esta em tratamento, podendo ser mais rápido ou não a seu restabelecimento, e a retirada de sua disciplina. A igreja não pode abandonar os doentes a não ser que este não aceite o seu tratamento para que não esteja contaminando toda a coletividade.
ResponderExcluirConcordo com os irmãos acima.
ResponderExcluirA disciplina, vista como correção e ensinamento, é o tratamento ideal para o doente espiritual, vejo isso algo fundamental para o crescimento e o fortalecimento da comunidade cristã.
Porém, vejo uma grande ignorância presente por parte maioria das lideranças quando se trata do assunto "disciplina". Quando aplicada, na maioria das vezes a tratam como um castigo severo, no qual o irmão em disciplina tem de se abster de todas as suas tarefas na igreja além de ficar proibido de fazer parte de momentos de comunhão como a ceia entre outras restrições. Não digo que seja errado, porém, o objetivo principal não deveria ser este, mas sim, tratar do doente espiritual.
Ezequiel 34.1-5
"Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?
Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo."
No verso 2 o autor diz "Profetiza contra os pastores de Israel". Incrível como isso parece que foi escrito hoje, dá até para imaginar "Filho do homem, profetiza contra os pastores do Brasil e do mundo todo"..rs
Gostei muito desta aula.
Abraço.
Assunto de disciplina e sempre algo controverso pois as lideranças das vezes sem saber a fundo os sintomas recitam um antibiótico (disciplina) e diz depois de seis meses você volta aqui pra gente saber como esta semelhante ao SUS de nosso Braisl.
ResponderExcluirE como no SUS inúmeros pacientes morrem por falta de atendimento especializado o na fila de espera, assim também e na igreja muitos morrem espiritualmente por falta de acompanhamento especializado.
Quando a doença é uma virose, resfriado, cefaléia, unha encravada, amigdalite ou qualquer coisa parecida, o médico receita um remedinho e em sete dias está curado. Mas para colesterol, diabetes, hipertensão e cardiopátias os medicamentos não são prescritos por tempo determinado, pois o tratamento só é interrompido ou suspenso, após novo exame e constatação que a doença foi curada ou está sob controle rigoroso.
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