quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PROCESSO DE ESCRITURAÇÃO BÍBLICA (2)

Os formatos de escrituração bíblica mais conhecidos são os Rolos, que possuiam 1 côvado (45cm ou 52cm – do punho ao cotovelo) como altura da página, e o Códice ou Códex – derivado da palavra Caulex por que eram retirados do caule uma casca grossa. Vale ressaltar que os textos originais são chamados de Autógrafos, e não existem nenhum Autógrafo descoberto até hoje. Os Códices mais antigos do A.T. são: Códice de Alepo (920 d.c.) e o Códice de Leningrado (1008 d.c.); esses eram os únicos até 1947, quando se encontraram os manuscritos do Mar Morto em Qmram, ou seja, as bíblias de edições pós 1950 tem mais pormenores fiéis do que as de antes de 1950. O imperador Constantino pediu 50 cópias do N.T. em pergaminho, no qual só existem hoje duas destas cópias: Códice Sinaítico (Monte Sinai) e o Códice Vaticanus (comprado pelo Vaticano)

INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA ESCRITURAÇÃO

Ø Estilete Simples – Usado em argila e madeira com pontas talhadas em pedra.

Ø Estilete com Ponta Duradoura – Pontas de metais (Et Barzel) e diamantes (Shamir) essas palavras hebraicas estão em Je 17:1.

Ø Cinzel – Ferro ou chumbo (Oferet) Jó 19:23-24. Vale lembrar que o ferro ainda não tinha sido descoberto na época de Jó.

Ø Canivete de Escrivão – Tahar há Katar Je 36:23

TINTAS UTILIZADAS EM PAPIRO / PERGAMINHO

Apesar de 3000 A.C. os chineses já utilizarem o Nanquim, essa tecnologia não chegou aos povos do Oriente Médio. Em 3 Jo 13 – Tinta é Melaç e Pena na verdade é Kalamou = Caniço e não Pena.

Ø Fuligem – Combustão de madeira adicionada de água, cola animal e óleo vegetal. Gerava uma cor preta ou cinza.

Ø Plantas – Anileira (anil) gerava azul; a raiz da Garança se obtinha o vermelho, violeta e marrom; Cefalópodes (lula e polvo) obtinham a cor sépia.

Ø Ferro – Os romanos obtiveram tinta ferrogálica com sulfato de ferro, pois não apagava fácil.

DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA

Ø Pictogramas – São registros em forma de desenhos de humanos, animais, elementos da natureza, etc. (Sumérios, Assírios, Egipcios)

Ø Ideogramas – São as idéias que os desenhos passaram a representar. Os desenhos passam para traços, pontos e formas geográficas ainda pouco parecida com eles. (Cuneiforme).

Ø Fonogramas – Sons colocados no gráficos do ideograma. O desenho que só era visualizado, agora é falado.

Alfabeto – Por volta de 1400 a.c. (200 anos antes de moisés) os fenícios traduziram esses traços e idéias em alfabeto com 28 letras. Vale lembrar que os fenícios eram povos cananeus, chamados assim pelos gregos. Provavelmente todos os idiomas daquela região são originários do fenício antigo, inclusive o hebraico.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

PROCESSO DE ESCRITURAÇÃO BÍBLICA

Antes de começarmos a falar sobre os processos e o desenvolvimento da maneira como foi escrita a Bíblia, é importante frisar, que não é correto e nem de bom tom, dizer que uma determinada versão das escrituras foi retirada dos originais hebraico ou grego; e sim afirmar que os textos estão de acordo com as versões mais antigas, afinal não temos posse de “originais”.

Há controvérsias em determinados pontos, entre versões atuais, tais como: Rm. 8:1 (atualizada e corrigida), Gn. 6:19 e 7:2 ; 12:8 e Ex. 6:2-3; Gn. 14:14 (cidade deLesem). No que concerne ao método utilizado na escrituração bíblica, Deus usa a tecnologia da época; vejamos o desenvolvimento dos meios utilizados através dos tempos:

Ø Blocos de argila – Apesar de fácil confecção, era um material de fácil destruição, embora durasse mais do que o papel (Papiro ou Pergaminho). Is. 17:13 e Ez. 4:1.

Ø Pedra – Apesar de ser mais resistente que a argila, sua confecção dava muito além de ser de difícil condução devido ao seu peso. Antes dos 10 mandamentos já existiam escrituração em pedras, como por exemplo o famoso Código de Hamurabi, com seus 2 metros de altura. Ex. 24:12 ; 32:15-16 ; Dt. 27:2-3 e Js. 8:30 e 32.

Ø Pedras preciosas e metal – Com as mesmas características das pedras, embora tendo ainda a dificuldade da extração deste material, que era utilizado como presentes a pessoas ilustres da época. Ex. 28:36 e 39:6.


Ø Madeira – Materia prima facilmente encontrada, porém exigia trabalho delicado, que em raros casos, era utilizado em conjunto com os metais e pedras preciosas. Hb 2:2 e Lc 1:63.

Ø Ôstracos – Ostras, cerâmicas, pratos e jarros. Existem 25 textos completos do N.T. escritos em ôstracos.

Ø Papiro – Planta que só nasce em terreno pantanoso, o que dificultava sua produção. Não era papel, pois o mesmo só foi inventado muito tempo depois pelos chineses. 2 Jo. 12 (viva-voz tbm não era Motorola).

Ø Pergaminho – Couro de animal, geralmente chamado Velino (couro de antílopes) e Pergaminho (cordeiro e carneiro); pergaminho significa membrana.

Ø Palimpsesto – É o pergaminho raspado e reaproveitado; embora tenha sido proibido, depois de algum tempo, para se fazer cópias da bíblia neste material.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

NOVO TESTAMENTO (2)

Hê Kainê Diathêkê = A Nova Aliança ou Testamento

O N. T. (nova aliança – no sangue de Jesus) foi escrito em grego Coiné, pois era a forma cotidiana, fácil de se usar, isso porque os cristãos eram pessoas simples que bem provavelmente falassem o aramaico. O N.T. se divide em: Biografia: Mateus, Marcos, Lucas e João – falam da vida de Jesus; Histórico (Atos – principalmente o que Pedro (1-12) e Paulo (13-28) fizeram); Cartas ou Epístolas (Romanos até Judas – conselhos aos cristãos e líderes das igrejas) e Profético (Apocalipse = revelação).

Os 3 primeiros evangelhos são tão semelhantes que foram chamados de sinóticos = visto em conjunto; e apesar de Marcos ser considerado o evangelho mais antigo, as cartas de Paulo são provavelmente os livros mais antigos do N.T. e I Tessalonicenses o mais antigo. Treze cartas declaram Paulo como seu autor (2 Pedro 3:15-16); Hebreus tem sido atribuída também a ele, embora Tertuliano (teólogo do 3º séc.) atribui a autoria a Barnabé. Se eliminássemos as cartas do N.T., perderíamos 21 de 27 livros, sobrariam apenas: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos e Apocalipse. A igreja Etíope possui 38 livros em vez de 27.

As divisões de capítulos nas bíblias de hoje foram criadas por Stephen Langton, Arcebispo de Cantuária, no século XIII. A divisão dos versículos do A.T. foi feita por estudiosos judeus, chamados massorretas (Massorah = O que foi passado adiante). Um impressor francês chamado Robert Detiénne, em 1551, fez a divisão do N.T.. Temos, atualmente, a Bíblia traduzida em 2.300 dos 7.000 idiomas existentes.

Nos biográficos temos: Mateus Kata Matthaion = De acordo com Mateus - (só ele usa a palavra igreja); Marcos – Kata Johanam = De acordo com João (hebraico) Marcos (grego – At 12:12 e 25), muito influenciado por Pedro; Lucas – Kata Loukan = De acordo com Lucas, muito influenciado por Paulo Cl 4:14; João – Kata Ioannem = De acordo com João.

No histórico temos somente Atos – Praxeis = Literatura com realizações de homens destacados. Atos dos Apóstolos e o Evangelho de Lucas formam mais de ¼ de todo N.T.

Nas cartas ou epístolas temos: Romanos – Pros Romaious = Aos Romanos; I Coríntios – Pros Korinthious, o termo “Primeira”, foi acrescido posteriormente quando chegou a segunda carta; Gálatas – Pros Galatians, povo Celta que vivia na Gália, antes de ir para Ásia Menor; Éfeso – Pros Ephesious; Filipenses – Pros Philippesious; Colossenses – Pros Kolossaeis (4:16); I Tessalonicenses – Pros Thessalonikeis A (primeira e B segunda); I Timóteo – Pros Timotheon A; Tito – Pros Titon; Filemom – Pros Philemona; Hebreus – Pros Ebraious; Tiago – Lakobos Epistole (Lakobos é a forma grega de Yacof); I Pedro (Petros) – Petrou A (1:20 – Ele fala do A.T.); João – Ioannou A; Judas – Iouda é uma biblioteca de apócrifos, pois cita partes do livro “Ascensão de Moisés – Vs 9” e o “Livro de Enoque – Vs 14”.

No profético temos somente Apocalipse – Apokalypsis Ioannou = Revelação de João, embora no ideal seria Apokalypsis Iesou Christou = Revelação de Jesus Cristo.

GREGO RELACIONADO

PARÁCLETOS – CONSOLADOR, AJUDADOR

EKKLESIA – IGREJA (EKKALEO – CHAMAR A PARTE OU PARA FORA

PRESBUTEROS – MAIS VELHO, CHEFE

EPISKOPOS – SUPERVISOR, GUARDIÃO, PROTETOR (BISPO)

KARISMA – DOM, DÁDIVA

CHARISMATA – VARIEDADE DE DONS

DIAKONAI – VARIEDADE DE SERVIÇOS

ENERGEMATA – VARIEDADE DE PODER

ÁGAPE – AMOR DE DEUS

STORGE – AMOR DE AMIGOS

PHILIA – AMOR DE PARENTES

EROS – AMOR DE HOMEM E MULHER

BAPTISMÓS – MERGULHAR OU SUBMERGIR

DEKATE – 10ª PARTE