domingo, 30 de março de 2014

EVANGELISMO E DISCIPULADO

            Analisando essas duas convocações na bíblia, temos: “IDE” – O verbo exato, no grego, não está no imperativo; este verbo está no particípio, mostrando que a ação está em andamento. A tradução mais correta seria: “e indo” ou “enquanto estais indo”, ou ainda, “enquanto fordes”. Este fato não afeta a importância e o impacto da ordem de Jesus Cristo, pois mostra que o ir da igreja é automático (os cristãos eram chamados de “os do caminho”).

FAZEI DISCÍPULOS” – A ênfase da comissão recai no motivo para o qual a igreja está indo: fazer discípulos. Este é o imperativo da comissão, é a mensagem central de toda a atividade da igreja. Não é meramente pregar o evangelho e abandonar o convertido à sua sorte. O discipulado leva tempo e esforço, porém dá mais resultado. Comparando um crente A que ganha 01 alma por semana durante 35 anos, com um crente B que faz 01 discípulo por ano durante o mesmo espaço de tempo, encontramos o seguinte resultado:

ANOS
CRENTE A
CRENTE B
1
53
2
5
260
32
10
521
1.024
15
786
32.768
20
1051
1.048.576
25
1316
33.554.432
30
1581
1.073.741.824
35
1846
34.359.738.368

Com este cálculo em mente, vemos a importância de se fazer discípulos e não meros convertidos, pois nem todos os crentes respondem positivamente à grande comissão, inclusive alguns confundem discipulado com aconselhamento, que é uma fase do discipulado, literalmente falando.

As fases do discipulado são:

1- ASSISTÊNCIA PESSOAL - É o primeiro atendimento ao novo convertido, é um cuidado especial até o umbigo cair. Quem mora mais perto ou tem mais afinidade chama-o para as reuniões da igreja. (dura + ou - 2 meses)


2- ACONSELHAMENTO PESSOAL - São as conhecidas 13 lições, que todo mundo pensa que é o discipulado. (dura 1 trimestre)


3- FORMAÇÃO DE DISCIPULO - É levar o novo convertido a fazer aquilo que você tem feito, tipo: testemunho pessoal, evangelismo e direcionamento para determinado serviço em que o mesmo tenha dom e/ou chamado. (dura + ou - 1 ano)


4- DISCIPULADO PROPRIAMENTE DITO - É fazer com que o novo convertido faça o mesmo, com outros, do que você fez com ele. (dura + ou - dois anos).
Tempo total aproximado para discipulado: 3 anos e 3 meses (tempo aproximado que Jesus levou com os discípulos).

sexta-feira, 28 de março de 2014

MATRIZ CURRICULAR


1º Semestre
Teologia Sistemática I (Prolegômenos)
Teologia do AT I (Gênesis - Êxodo)
Teologia do NT I (Mateus - Marcos)
Geografia / sociologia I (Palestina - Séc II a.C. até I d.C
Missiologia (missões Urbanas e transculturais)
Evangelismo
Ética Cristã
Português

2º Semestre
Teologia Sistemática II (Teontologia e Antropologia teológica)
Teologia do A.T. II (Levítico - Deuteronômio)
Teologia no N.T. II (Lucas - Atos)
Geografia / sociologia II (Ásia Menor e Europa - Séc II a.C. até I d.C.)
Aconselhamento Pastoral I (Família)
Grego I
Hebraico I
Capelania

3º Semestre
Teologia Sistemática III (Cristologia)
Teologia do A.T. III (Josué – Samuel)
Teologia no N.T. III (Textos Joaninos)
Grego II
Hebraico II
Liderança
Hermenêutica
Aconselhamento Pastoral II (Jovens, adolescentes e crianças)

4º Semestre
Teologia Sistemática IV (Soteriologia)
Teologia do A.T. IV (Reis - Crônicas)
Teologia no N.T. IV (Romanos / Gálatas)
História do Cristianismo I (Séc. II ao V)
Grego III
Hebraico III
Metodologia Científica

                                                                          5º Semestre
Teologia Sistemática V (Eclesiologia)
Teologia do A.T. V (Esdras - Ester)
Teologia no N.T. V (Coríntios I e II / Filipenses)
Exegese NT I
Exegese AT I
História do Cristianismo II (Séc. VI ao XV)
História da Filosofia
Didática
Homilética

                                                                       6º Semestre
Teologia Sistemática VI (Pneumatologia)
Teologia do A.T. VI (Jó - Cânticos)
Teologia no N.T. VI (Tessalonicenses I e II / Filemon / Pastorais)
Exegese NT II
Exegese AT II
Teologia Contemporânea
História do Cristianismo III (Séc. XVI ao XX)
Introdução a Psicologia
Homilética

                                                                      7º Semestre
Teologia Sistemática VII (Escatologia)
Teologia do A.T. VII (Isaías - Ezequiel)
Teologia no N.T. VII (Efésios / Colossenses / Hebreus)
Exegese NT III
Exegese AT III
História da Igreja dos Irmãos
História das Religiões I (Orientais)
História da Igreja Brasileira
Gestão de Projetos

8º Semestre
Teologia do A.T. VIII (Profetas Menores)
Teologia no N.T. VIII (Epístolas Gerais / Apocalipse)
História das Religiões II (Ocidentais)
Administração Financeira
Monografia II
Livros Apócrifos e Pseudo-epígrafos

segunda-feira, 24 de março de 2014

ÉTICA CRISTÃ


  
            A palavra “ética” vem do grego ethos e se refere aos costumes ou práticas que são aprovados por uma cultura. A ética é a ciência da moral ou dos valores e tem a ver com as normas sob as quais o indivíduo e a sociedade vivem. Essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.

                     A ética cristã tem elementos distintivos em relação a outros sistemas. O teólogo Emil Brunner declarou que a ética cristã é a ciência da conduta humana que se determina pela conduta divina. Os fundamentos da ética cristã encontram-se nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, entendidas como a revelação especial de Deus aos seres humanos.
 
            A cada momento precisamos tomar decisões que afetam a outros e a nós mesmos. A ética cristã ajuda as pessoas a encarar seus valores e deveres de uma perspectiva correta, a perspectiva de Deus.
 
            Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões. Fazemos escolhas, optamos, resolvemos e determinamos aquilo que tem a ver com nossa vida individual; a vida da empresa, da igreja, a vida da nossa família... Enfim, a vida de nossos semelhantes.

                     Ninguém faz isso no vácuo. Antigamente pensava-se que era possível pronunciar-se sobre um determinado assunto de forma inteiramente objetiva, isto é, isenta de quaisquer pré-concepções ou pré-convicções. Hoje, sabe-se que nem mesmo na área das chamadas “ciências exatas” é possível fazer pesquisa sem sermos influenciados pelo que somos, cremos, desejamos, objetivamos e vivemos.

             As decisões que tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos ser certo ou errado. É isso que chamamos de ética.
            Para compreender o fervor moral dos cristãos, os não cristãos precisam entender que a nossa moral começa não por uma lista de mandamentos, mas pelo relacionamento com Deus. Em conseqüência de ter fé em Cristo e de conhecê-lo, é claro que tentamos segui-lo em nossos atos. As suas leis ajudam a segui-lo com maior fidelidade e de maneira mais inteligente. Elas dão uma referência objetiva quando somos assaltados por dúvidas ou desviados pelos desejos. Como nem sempre queremos obedecer a Deus, as suas leis morais evitam que vivamos segundo os caprichos dos sentimentos.
 

sábado, 22 de março de 2014

ÉTICA SECULAR

          Secular indica usualmente o que não pertence a uma determinada ordem, que pertence ao mundo e à vida comum a todos.
 
* Ética do Dever: o Bem reside no Dever, como em Kant;

* Ética Niilista: o Bem é o Nada, como em Nietzsche e Sartre;

* Ética da Responsabilidade: o Bem é a Vida do Planeta, como em Jonas;

* Ética do Discurso ou Consenso: O Bem reside no concenso, como no círculo de Viena, Wittgenstein, Apel, Habermas;

* Ética Utilitarista: O Bem é o que é Útil, como em Bentham, Mill, Rorty.

* Ética do Prazer (hedonismo): o Bem é o Prazer, como em Epicuro, Foucault, Onfray, Misrahi, Comte-Sponville.

* Ética da Justiça: O Bem é a Justiça nas Diferenças, como em Rawls.

Se entendermos que o êthos possui necessariamente significado de serviço - nunca de servir-se de -, entenderemos que, embora o referencial teórico seja diverso, as duas éticas possuem pontos em comum. E, embora as éticas seculares possuam aderência maior entre os acadêmicos, qualquer popular pode se utilizar de um prerrogativo kantiano para julgar uma ação como dever ou Rawls para julgar o que é justo. Até mesmo em Sade encontramos abordagens teóricas capazes de produzir genuína felicidade, pela Ética Secular.
 
          Enquanto o Científico diz: "Penso logo existo - Nasci", o Confessional diz: "Penso logo existo - Nasci De Novo. Não tenho só a Razão, tenho a Razão e a Mente de Cristo! 

sábado, 15 de março de 2014

Seminário Grade de Horários



Segunda-feira
Sexta-feira
1º T. (18:30h) - Geo/Soc. I - Emerson
1º T. (18:30h) – Ética Cristã – Lenilson
2º T. (19:15h) - Geo/Soc. I – Emerson
2º T. (19:15h) – Ética Cristã - Lenilson

20:00 às 20:15h - INTERVALO


3º T. (20:15h) – Teo. NT I – Emerson

20:00 às 20:15h - INTERVALO


3º T. (20:15h) – Teo. AT I – Athirson
4º T. (21:00h) – Teo. NT I - Emerson
4º T. (21:00h) – Teo. AT I - Athirson



Sábado
1º T. (8:00h) – Teo. Sistemática I – Brian Kibuuka
2º T. (8:45h) – Teo. Sistemática I – Brian Kibuuka

9:30 às 9:45h INTERVALO
3º T. (9:45h) – Teo. Sistemática I – Brian Kibuuka
4º T. (10:30h) – Português - Emerson
5º T. (11:15h) – Português - Emerson

12 às 13:45h ALMOÇO
6º T. (13:45h) – Informática - Wallace
7º T. (14:30h) – Informática - Wallace

15:15 às 15:30h INTERVALO
8º T. (15:30h) – Evangelismo – Daniel
9º T. (16:15h) – Evangelismo – Daniel



SEMINÁRIO ÉTICA CRISTÃ

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: Geisler, Norman L. Ética Cristã – 2ª Edição revisada e ampliada, Editora Vida Nova, 2010.

Bonhoeffer, Dietrich. Ética, Editora SINODAL, 2009

DATA
LIÇÃO
OBJETIVOS
11-15/3
O QUE É ÉTICA
  • Levantar ideias, opiniões e definições sobre o que é ética;
  • Compreender o que é ética cristã;
17-21/3
ÉTICA SECULAR
  • Compreender as peculiaridades da Ética na atualidade;
  • Enxergar responsabilidade pessoal com relação à Ética;
24-28/3
ÉTICA CRISTÃ
  • Perceber responsabilidade pessoal com relação à Ética Cristã;
  • Perceber se está vivendo na Ética Cristã;
01-04/4
ÉTICA X CULTURAS
  • Compreender as diferenças culturais;
  • Compreender a Ética nas diversas culturas;
07-11/4
SÍNDROMES DA ÉTICA
  • Compreender o papel da minha Ética no meio em que vivo;
  • Compreender os problemas que a falta de Ética causa;
14-17/4
SÍNDROMES DA ÉTICA CRISTÃ
  • Compreender o papel da minha Ética no seio da igreja;
  • Compreender os problemas que a falta de Ética cristã causa;
22-25/4
ÉTICA CRISTÃ COTIDIANA
  • Perceber a Ética Cristã nas coisas simples do dia a dia;
  • Identificar a Ética Cristã naquilo que parece desnecessário;
05-09/5
A ÉTICA DENOMINACIONAL
  • Compreender as diferenças e igualdades na Ética, nas diversas denominações;
  • Perceber as síndromes apologéticas;
12-16/5
A ÉTICA NO MOVIMENTO DOS IRMÃOS
  • Compreender as diferenças e igualdades na Ética entre as igrejas Casa de Oração;
  • Perceber as síndromes apologéticas entre tais igrejas;
18-23/5
QUESTÕES DA ATUALIDADE
  • Mesa Redonda sobre temas da atualidade escolhidos entre os alunos;
24-30/5
QUESTÕES DA ATUALIDADE
  • Mesa Redonda sobre temas da atualidade escolhidos entre os alunos;
02-06/6
QUESTÕES DA ATUALIDADE
  • Mesa Redonda sobre temas da atualidade escolhidos entre os alunos;
09-13/6
QUESTÕES DA ATUALIDADE
  • Mesa Redonda sobre temas da atualidade escolhidos entre os alunos;
16-20/6
QUESTÕES DA ATUALIDADE
  • Mesa Redonda sobre temas da atualidade escolhidos entre os alunos;
23-27/6
QUESTÕES DA ATUALIDADE
  • Mesa Redonda sobre temas da atualidade escolhidos entre os alunos;



sexta-feira, 14 de março de 2014

ÉTICA CRISTÃ Norman Geisler


O mais importante é que o livro mantém o seu objetivo principal: avaliar as opções éticas existentes sob uma perspectiva cristã. Os diferentes pontos de vista éticos são apresentados de modo abrangente e rico em informações, o que possibilita ao leitor conhecer com clareza cada um dos posicionamentos. A partir disso, fica a critério do leitor fazer a opção que, para ele, for mais condizente com os princípios bíblicos.

Enquanto a ética considera o que é moralmente certo ou errado, a ética cristã considera o que é moralmente certo ou errado para os cristãos. Este é um livro que se dedica a discutir a ética cristã. Uma vez que os cristãos baseiam suas crenças na revelação de Deus dada nas Escrituras, a Bíblia será citada como uma autoridade nas conclusões aqui apresentadas.

Em outras palavras, Deus deseja que se faça o que é certo em concordância com seus próprios atributos morais. “Sede santos, porque eu sou santo”, foi o mandamento de Deus para Israel (Lv 11.45). “Sede, pois, perfeitos, assim como perfeito é o vosso Pai celestial” (Mt 5.48), Jesus disse aos seus discípulos. “É impossível que Deus minta” (Hb 6.18), assim, nós também não devemos mentir. “Deus é amor” (1Jo 4.16), e Jesus disse, “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39). Em suma, a ética cristã baseia-se na vontade de Deus, e Deus nunca deseja algo que seja contrário ao seu caráter moral imutável.

Desconhecer a Deus como a fonte do dever moral não exime ninguém, nem mesmo um ateu, de suas obrigações morais. Como disse Paulo: “quando os gentios, que não têm lei, praticam as coisas da lei por natureza, embora não tenham lei, tornam-se lei para si mesmos, demonstrando que o que a lei exige está escrito no coração deles” (Rm 2.14-15). Ou seja, mesmo que os incrédulos não tenham a lei moral em suas mentes ainda assim eles a têm escrita em seus corações. Mesmo que não a conheçam de forma cognitiva, eles a demonstram através de suas inclinações.

Ética deontológica
A regra determina o resultado.
A regra é a base do ato.
A regra é boa independente do resultado.
O resultado é sempre calculado dentro das regras.

Ética teleológica
O resultado determina a regra.
O resultado é a base do ato.
A regra é boa por causa do resultado.
O resultado algumas vezes pode ser usado para quebrar as regras.

Há somente seis sistemas éticos elementares; cada um designado pela resposta à pergunta: há leis éticas objetivas? Em outras palavras, há leis morais, que não sejam meramente subjetivas, mas sim obrigatórias a todos os seres humanos em geral?

Em resposta, o antinomismo diz que não há leis morais; o situacionismo afirma que existe uma lei absoluta; o generalismo reivindica que existem algumas leis gerais, mas não existem leis absolutas; o absolutismo não qualificado acredita em muitas leis absolutas que nunca são conflitantes; o absolutismo conflitante defende a ideia de que há muitas normas absolutas que algumas vezes são conflitantes, o que nos obriga a escolher entre o menor de dois males, o absolutismo graduado diz que muitas leis absolutas são conflitantes, e nós somos responsáveis por obedecer àquela que for mais elevada.

Em várias histórias bíblicas, pessoas mentiram para salvar vidas. As parteiras hebreias mentiram para salvar os meninos recém-nascidos do faraó, que havia ordenado que eles fossem mortos (Ex 1.15-19). Raabe mentiu para salvar a vida dos espiões judeus em Jericó (Js 2). É certo mentir para salvar uma vida?

 1. Mentir não é nem certo nem errado: não existem leis. O antinomismo assevera que mentir para salvar vidas não é nem certo nem errado. Ele afirma que não existe princípio moral objetivo que possa julgar se essa questão é certa ou errada. A questão precisa ser decidida com base em princípios subjetivos, pessoais ou pragmáticos, mas não em algum princípio moral objetivo. Não temos, literalmente, um princípio moral para decidir essa questão.

 2. Mentir é normalmente errado: não existem leis universais. O generalismo reivindica que mentir é normalmente errado. Como regra, mentir é errado; mas, em casos específicos, essa regra geral pode ser quebrada. Como não existem leis morais universais, delimitar se uma mentira está correta é algo que dependerá dos resultados. Se os resultados forem bons, a mentira terá sido a atitude certa. A maioria dos generalistas acredita que mentir para salvar uma vida é uma atitude correta, visto que, nesse caso específico, o fim justifica os meios. No entanto, a mentira, de modo geral, é considerada errada.