“Depois Eliseu voltou a Gilgal. Nesse tempo a
fome assolava a região. Quando os discípulos dos profetas estavam reunidos
com ele, ordenou ao seu servo:
"Ponha o caldeirão no fogo e faça um ensopado para estes homens". Um deles foi ao campo apanhar legumes e
encontrou uma trepadeira. Apanhou alguns de seus frutos e encheu deles o seu
manto. Quando voltou, cortou-os em pedaços e colocou-os no caldeirão do
ensopado, embora ninguém soubesse o que era. O ensopado foi servido aos homens,
mas, logo que o provaram, gritaram: Homem
de Deus há morte na panela! E não puderam mais tomá-lo. Então Eliseu pediu um pouco de farinha, colocou no
caldeirão e disse: "Sirvam a todos". E já não havia mais perigo no
caldeirão.” 2 Reis 4:38-41
Eliseu
voltou para Gilgal pois queria ser
referência, e para isso deveria ir para um lugar de referência. Gilgal era a
cidade onde o povo saiu, quando passou a pé enxuto pelo rio Jordão e onde foram
depositadas as doze pedras retiradas do meio do rio pelos líderes de cada tribo.
Em
Gilgal se lembrava que o Mar Vermelho se abriu, que o exército de faraó foi
afogado, que a coluna de fogo e a nuvem guiou Israel, que saiu água da rocha,
que caiu maná do céu, que o rio Jordão se abriu, que Deus é fiel e não muda.
A fome assolava a região, mas havia uma geração com fome de aprender; uma
geração com referências e querendo ser referencial. O melhor lugar para estar quando
as coisas apertam é na presença de quem conhece e tem experiências com Deus. “Fuja
dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com
aqueles que, de coração puro, invocam
o Senhor.” (2 Timóteo 2:22)
Eliseu ordenou ao seu servo para que colocasse a panela no fogo, pois ainda que
haja fome de pão nesta terra, essa geração ainda tem fogo! É o fogo que acende
a pessoa, que dá ânimo, que mantêm a disposição, que arde nos corações, que
aguça o interesse; entretanto tem que ser fogo com propósito: preparar o
alimento. O fogo não é o alimento, o alimento é a palavra!
Um deles foi ao campo, e não o seu servo na qual havia
ordenado. Aquela geração tinha algo que está em falta hoje: a predisposição, a
proatividade! Todavia, proatividade não pode ser afobação e ativismo,
principalmente sem experiência. Voluntariedade tem que ser com experiência, com
direção, com regras, dando satisfação e prestando conta.
Este
que foi cheio de fogo: “cortou, colheu e jogou na panela porque não conhecia”.
Deus não tem compromisso com quem Ele não chamou e nem enviou, afinal alimentar
uma geração não é para qualquer um. Pastor, líder e pregador não se faz de um
dia para outro, é processo. Quem não aprende, não pode ensinar; não ouve, não
pode falar; não adora, não pode cantar; não é ovelha, não pode ser pastor; não
obedece, não pode exigir; não vive, então não pregue.
Ao
perceberem a morte, clamaram: “Homem de
Deus!” O diabo não quer derrubar quem está terminando, ele está preocupado
com quem está começando. Quando ele percebe que você está começando, envenena
sua alimentação (mídia, internet, maledicências, mentiras). Estamos precisando
de muito mais homens e mulheres “de Deus”, referenciais num mundo envenenado.
Troque
o linguarudo(a), o caluniador(a), o foqueiro(a) pelo o homem e a mulher de
Deus! Está estragando teu ministério, para de comer; te afastando de Deus, para
de comer; está te colocando para baixo, para de comer.
Talvez
alguns pensaram que Eliseu iria resolver a situação com outras ervas, ou uma
unção especial, ou um anjo, ou movimento, ou revelação, ou com fogo, mas ele pediu
um pouco de farinha; coisa simples,
barata, comum. Deus chamou o simples para confundir o grande; o louco para
confundir o sábio; os que não são, para confundir os que são!
Deus não faz malabarismo, nem show, não usa “o
especialista”, “o cara”, o que se acha fenomenal; desce do pedestal e aprenda a
tributar à Ele toda honra, glória e louvor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário