quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ANTIGO TESTAMENTO (3)

Em I Tm 3:16 O apóstolo Paulo se referia às escrituras judaicas, que os cristãos chamam hoje de Antigo Testamento. Ele nem imaginava que, um dia, os cristãos considerariam a sua carta particular como parte da escritura sagrada. E, provavelmente, Paulo não tenha sido uma exceção a esse respeito. Segundo os estudiosos nenhum dos escritores bíblicos sabia que suas palavras se tornariam parte da Bíblia sagrada.

Sabedoria, num 1º momento, não significa tanto a capacidade de responder a perguntas teóricas fundamentais, mas antes a habilidade de saber lidar com o cotidiano, de adaptar-se às circunstâncias e pessoas. Sabedoria pode ser, por exemplo, a perícia do artesão ou do artista (Ex 31:3; 35:10,25 e 35; Is 40:20), do governante ou do juiz (1 Rs 3; Is 11:2), da vida (PV 6:6), em síntese: trata-se de um cabedal de saber adquirido pela EXPERIÊNCIA.

A compilação e transmissão de Experiência criam uma tradição (o provérbio dos antigos – 1 Sm 24:14 - Midrash); esta tradição adquire autoridade, ao lado da própria vivência (Jó 8:8). Visto que a literatura sapiencial se encontra “predominantemente” entre os escritos, na 3ª e mais recente parte do cânone veterotestamentário, chegou-se a conclusão de que a sabedoria constitui um fenômeno tardio em Israel. De fato não se trata de um fenômeno especificamente israelita, mas comum ao mundo oriental. Assim, temos sabedoria babilônica e Cananéia (1 Rs 5:10; Jó 1:3) provérbios de estrangeiros (Pv 30:1; 31:1; Jô 1:1). Isso mostra que a sabedoria de forma alguma se difundiu apenas na época pós-exílica em Israel.

Os 3 livros poéticos – Cantares (Cânticos dos Cânticos), Lamentações, Eclesiastes e as 2 narrativas em prosa de Rute e Ester, que nas nossas Bíblias estão dispersos entre os livros históricos (RT e ET), poéticos (Ec e Ct) e proféticos (Lm), estão reunidos na Bíblia hebraica num grupo só: os 5 Meguillot = “Rolos” festivos. Cantares na Páscoa; Rute na festa das semanas (Pentecostes); Lamentações na cerimônia comemorativa da destruição do Templo; Eclesiastes na festa das tendas (tabernáculos) ou na festa do outono e Ester na festa de Purim. Para o sábio, a vida e o momento da vida dita a palavra adequada.

PERÍODO INTERBÍBLICO

Etimologicamente, interbíblico quer dizer “entre a Bíblia, ou melhor, “entre os dois testamentos”, isto é, entre o Velho e o Novo Testamento assim como se acham hoje em nossas Bíblias. È aquela página em branco entre os dois Testamentos, que representa mais ou menos 400 anos de duração. As fontes de informações sobre este período vêm-nos da Bíblia (principalmente católica), de Flávio Josefo (nascido em Jerusalém no ano 37 d.c. – pai de família sacerdotal e mãe de ilustre família macabéia) e dos apócrifos.

HEBRAICO RELACIONADO

Tecnicamente, o que chamamos de alfabeto hebraico na verdade é mais um ABJAD, ou seja, é o equivalente a um alfabeto que não possui símbolos para representar os sons das vogais.

BE RESHIT – NO PRINCÍPIO

BARA – CRIOU (CORTAR NO SENTIDO DE ESCULPIR – Js 17:15

TOHU - CAOS

BOHU - TREVAS

TUHOM - ABISMO

RUACH ELOHIM – ESPÍRITO SANTO

MERAREFET - PAIRAVA (CHOCAVA)

PENE - FACE

SHAMAYIN – CÉU COMO HABITAÇÃO DE DEUS

RAGIA – CÉU FIRMAMENTO

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