sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Igreja lugar de terapia! Paleativa?

Pelo fato de ainda estarmos em um corpo corruptível, temos que, em todo tempo, vigiarmos para que de maneira alguma venhamos cair, pois "o que está de pé, veja que não caia"; mas se cairmos temos advogado diante do Pai, além de um lugar de terapia, chamado igreja.(hospedaria na parábola do bom samaritano.)

O grande problema reside na forma como o tratamento tem sido realizado, que na sua maioria parece tratamento de estado terminal, ou seja, tratamentos meramente paliativos. Tratamentos estes que não resolvem, não curam. Alguns irmãos ficam sem entender como pode alguém ser perdoado, cuidado e mesmo assim voltar a cometer os mesmos erros. São muitos os casos entre nós.

Quando alguém próximo de nós adoece e precisa passar por um tratamento, queremos acompanhar essa pessoa. Dormimos no hospital com ela, sabemos como está passando, o que realmente está acontecendo, estamos ao seu lado, porém quem está tratando é a equipe de saúde. Muitas igrejas acompanham a pessoa que está doente, entretanto não acontece tratamento algum, pois o acompanhante sabe de tudo, mas não é Ele quem medica.

Precisamos tratar (como o hospedeiro da parábola do bom samaritano) e não somente acompanhar, pois o mentiroso não deixa de sê-lo porque confessou seu pecado; o adúltero não deixa de sê-lo, nem o lascivo ou o que fornica (que geralmente não confessa, simplesmente declara, pois não tem mais como negar). Ninguém sai da areia movediça que entrou sem algum tipo de apoio.

Quando alguém comete um delito e comparece para ser julgado, não sai de lá sem saber: o nome do erro que cometeu, o tipo de disciplina que levará e o tempo pelo qual a levará. Não consigo entender como alguém que entra em disciplina (para seu próprio bem, pois "a disciplina no início parece ruim") não tem descrito para si os nomes das coisas que cometeu pelos seus atos, que TRATAMENTO terá (repreensão, exortação, ensino, afastamento de cargos, presença em todas as reuniões, desligamento - geralmente ouvimos "estamos acompanhando") e até quando está em disciplina (até terminar o aconselhamento, 6 meses, tempo indeterminado,etc.)

Existem tratamentos que precisam ser bem específicos, retirando do disciplinado uma liberdade que até então ele(a) usufruía, e assim verificar até que ponto está disposto a ser realmente tratado e não somente acompanhado. Muitas vezes para curarmos determinadas feridas temos que arrancar cascas, pele, carne, dar injeções e ingerir remédios bastante amargos, sem os quais nunca ficaremos realmente sarados; contaminando até os que nos rodeiam.

"O profeta Natã disse: Davi esse homem é você"

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